06/09/2013
Manifestação em defesa dos direitos das mulheres
Ato internacional aconteceu no último sábado em São Paulo, e contou com a participação de duas diretoras do Sindicato dos Comerciários do Vale do Araranguá
Mais de cinco mil mulheres de toda a América Latina foram as ruas de São Paulo no último sábado, 31, para defender os direitos iguais entre mulheres e homens. As atividades aconteceram durante toda a semana, com debates e palestras e apresentações. A 9ª edição Marcha Mundial das Mulheres, a primeira realizada no Brasil, contou com a participação das diretoras do Sindicato dos Comerciários do Vale do Araranguá, Ana Maria Chechetto e Valéria Leandro. Elas retornaram de São Paulo e fizeram uma avaliação do movimento.
As bandeiras levantadas pelas mulheres na capital paulista tratavam da igualdade entre mulheres e homens, violência contra mulher, assédio, desigualdade salarial e acesso a melhores postos de trabalho. Segundo o site da Cut, a panamenha Glória Castillo, do coletivo de gênero ligado à Frente Nacional pela Defesa dos Direitos Econômicos e Sociais do Panamá (FDA), destaca que esta é uma luta conjunto de todos os países. “Por isso a solidariedade é importante, porque esse encontro de 60 países define a necessidade de uma luta conjunta contra o capitalismo, o patriarcado e o machismo”, ressaltou.
A passeata marcou o encerramento do evento que, desde o último domingo dia 25, reuniu representantes de 50 países e de todos os estados brasileiros no Memorial da América Latina, onde discutiram estratégias conjuntas de combate à opressão, ao capitalismo e ao patriarcado.
Diretoras avaliam evento
As diretoras do Sindicato dos Comerciários, Ana Maria Chechetto e Valéria Leandro, participaram de todos os atos da Marcha e avaliaram o evento. Para elas, a Marcha foi um exemplo de igualidade. “Lá todas nós eramos iguais. Tinha gente de todos os lugares, com várias culturas diferentes, mas lá todas nós eramos iguais”, destacou Ana Maria Chechetto.
O evento surpreendeu as diretoras do sindicato. “Eram muitas mulheres no movimento da 9º Marcha Mundial, todas lutavam por um mundo melhor para as mulheres e eram mulheres de todos os lugares do mundo. Mas o grito de todas era um só”, ressaltou Valéria Leandro.
Segundo elas, a luta das mulheres por condições de igualdade deverá continuar. “As mulheres observaram durante a marcha que a conquista da sua emancipação abre portas para novos desafios e a resolução de outros problemas, mas tendo a igualdade como grande bandeira de luta”, ressaltou Valéria Leandro.
Para Ana Maria Chechetto, a grande mudança acontecerá em cada região para onde voltam as mulheres da manifestação. “Em nosso contexto social, vamos continuar nos organizando e trabalhando na defesa dos direitos das mulheres trabalhadoras, combatendo as desigualdades da mulher na sociedade”, disse completou Ana Maria Chechetto.
Marcha seguirá para Moçambique
O último ato da Marcha Mundial das Mulheres marcou também a troca da sede do secretariado da Marcha, que deixa o Brasil e segue para Moçambique. A coordenadora internacional, Miriam Nobre, afirmou que o encontro em São Paulo tirou como prioridades construir alternativas às formas de apropriação da natureza, dos direitos das trabalhadoras e à militarização. “O principal desafio é ser mais forte do que o conservadorismo, as empresas transnacionais e o imperialismo.”
Em seu lugar, assume a moçambicana Graça Samo, para quem o compromisso é defender a autonomia das mulheres. “A luta maior é para trazer à prática o bem-estar e a autonomia, para fazer com que o sistema permita às mulheres ascenderem aos espaços de discussão. O que nos unifica é o combate ao machismo, capitalismo, patriarcado, às desigualdades e discriminação.”
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