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30/06/2017

Movimentos sindicais paralisam pela segunda vez a BR-101 contra as reformas trabalhista e previdenciária


As centrais sindicais, movimentos sociais e sindicatos de toda a região se uniram na manhã de sexta-feira, dia 30, em Araranguá para protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária. O ato começou em frente ao INSS e terminou com a paralisação da BR-101, reunindo aproximadamente 500 pessoas, conforme os organizadores.

E o Sindicato dos Comerciários do Vale do Araranguá – Sitracom, também participou da ação. Os dirigentes Joelcio Cesar dos Santos, o Saba, Ana Maria Chechetto e Valéria Leandro explicaram que as reformas, trabalhista e previdenciária, servem apenas para atender aos interesses do mercado e retirar direitos do povo brasileiro.

“Todas as conquistas, que levaram décadas para serem obtidas a duras penas pelos movimentos sociais, estão sendo jogadas por água abaixo pelo atual governo. De uma vez só, sem discussão com os seguimentos que representam a população, sem diálogo, ele (Michel Temer) está articulando a aprovação de duas reformas que vão condenar toda uma geração a não aposentadoria e os trabalhadores a empregos sem nenhuma garantia trabalhista”, pontuaram os diretores.

Com diversas faixas e gritos entoados, que alertavam sobre os riscos que as reformas vão trazer para os brasileiros, a passeata passou pelo Centro da Cidade das Avenidas, quando os organizadores decidiram levar o ato até a BR-101. “Vamos levar nosso ato mais uma vez a BR-101, para dar nosso recado aos políticos e a população”, disse o coordenador do Fórum Sul Catarinense de Lutas, Erivaldo Cardoso.

Por volta das 10h30, o grupo de manifestantes bloqueou as duas faixas da BR-101, na comunidade de Lauro Carneiro, que liga o antigo traçado da rodovia com o novo. As duas vias ficaram interditadas até 12h, formando quilômetros de filas nos sentidos Norte e Sul. Foi a segunda vez que o grupo interditou a rodovia Federal neste ano.

Sobre a manifestação e próximos passos

A presidente dos Servidores Públicos de Criciúma e formadora da CUT/SC, Jucelia Vargas Vieria de Jesus, explicou o porquê de paralisar a BR. “Paramos a BR, porque é por aqui que escoa toda a produção e toda a riqueza que enriquece o empresariado. Então é para o empresariado se dar conta de que não é retirando direitos da classe trabalhadora, que irá fazer com que as empresas sobrevivam ou ampliem seus recursos, porque com o trabalhador sem recurso, a economia não gira. Afinal, a economia é um círculo: produz, compra e vende, e para comprar precisa ter poder aquisitivo. E não é empobrecendo a classe trabalhadora que vamos mudar a economia do Brasil”, disse.

Ela revela quais são os próximos passos da agenda dos movimentos sociais contra as reformas. “Nosso próximo passo será a pressão nos senadores, que irão a plenário votar. E se mesmo com nossa pressão, eles venham a aprovar, queremos que os brasileiros entendem que as leis são feitas por homens e mulheres, e quem aprovou hoje, outros podem revogar amanhã e por isso nossa luta continua”, concluiu.

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