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28/04/2017

Greve Geral reúne mais de 2 mil pessoas e termina com bloqueio da BR-101 em Araranguá


Mais de 2 mil pessoas acordaram cedo em Araranguá nesta sexta-feira, dia 28, para demostrar o descontentamento com as reformas propostas pelo Governo Federal. Com diversas faixas e cartazes empunhados, os manifestantes iniciaram a concentração em frente ao Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC.

E o Sindicato dos Comerciários do Vale do Araranguá – Sitracom, também participou da ação. Os dirigentes Joelcio Cesar dos Santos, o Saba, Ana Maria Chechetto e Valéria Leandro explicaram que as reformas, trabalhista e previdenciária, servem apenas para atender aos interesses do mercado e retirar direitos dos mais pobres.

“Todas as conquistas, que levaram décadas para serem obtidas a duras penas pelos movimentos sociais, estão sendo jogadas por água abaixo pelo atual governo. De uma vez só, sem discussão com os seguimentos que representam a população, sem diálogo, ele (Michel Temer) está articulando a aprovação de duas reformas que vão condenar toda uma geração a não aposentadoria e os trabalhadores a empregos sem nenhuma garantia trabalhista”, pontuaram os diretores.

Com gritos de “Direito não se tira, se conquista”, entoados ao som de apitos e cornetas, a passeata contornou o bairro Cidade Alta, pela Avenida Sete de Setembro, até chegar ao Centro. Em frente a paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, o pároco Alírio Leandro incorporou o movimento, tomando a palavra. Em discurso, ele lembrou o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a greve geral. “A Conferência apoia e convoca os fiéis para protestar contra as reformas propostas pelo governo”, discursou.

O padre também leu a nota enviada aos trabalhadores pela CNBB, que destaque a palavra do Papa Francisco. “Que não falte a garantia para a velhice e a enfermidade, aos acidentes relacionados ao trabalho. Que não falte o direito a aposentadoria, diz o Papa”, discursou Alírio.

Fechamento da BR-101

Após a passeata fazer uma parada no Centro da cidade, os líderes do movimento decidiram levar o ato a outro patamar: a interdição da principal rodovia que liga o Brasil. De forma pacífica, a passeata seguiu, com escolta da Polícia Militar, até a ponte da Barranca. Ao chegar a jurisdição Federal, a Polícia Rodoviária deu apoio ao protesto, que interditou às 11h27 as duas vias da BR-101, na comunidade de Lauro Carneiro, onde liga o antigo traçado da rodovia com o novo.

Por 50 minutos, os dois tráfegos foram paralisados. A ação foi considerada histórica pelos movimentos sociais. “É a primeira vez que um movimento sindical fecha a BR-101 em Araranguá. Esta data é histórica para a cidade”, comentou um dos organizadores da greve.
O ato também teve adesão dos professores, movimento estudantil, servidores públicos municipais, estaduais e federais, trabalhadores rurais; participação dos movimentos sociais Frente Brasil popular, Movimento Sindical Sul, Fórum Araranguaense Contra a Reforma da Previdência e de diversas outras categorias.

Texto: Ascom / Sitracom

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